quinta-feira, 12 de abril de 2012

chegada e primeira noite no Cairo

A idéia inicial foi escrever a cada momento da viagem que acabei de fazer pelo Oriente Médio. Mas assumo que usei mais o Iphone para postar informações e fotos em sites de relacionamento do que o netbook que levei.

Como comentei acima é a segunda vez que me aventuro pelo Oriente Médio e espero de verdade que essa não tenha sido a última, pois novamente foi uma experiência a ser repetida por vezes.

Tudo começou no dia 05 de março de 2012 quando embarquei de São Paulo rumo ao Cairo com uma breve escala em Paris.
Informações muito importantes; todo o brasileiro precisa de visto para entrar no Egito. Mas não é preciso tirar antes. Pois no próprio aeroporto do Cairo é vendido por USD 15. Sim, é muito fácil e antes de você entregar o seu passaporte para um oficial da Policia Federal, existe uma placa enorme VISA e você pode comprar o seu sêlo de entrada no país.

Pesquisando ainda no Brasil, São Paulo não tem consulado egípcio e encontrei somente no Rio e Brasilia. Quando procurei um despachante para cuidar de todos estes trâmites encontrei preços absurdos e diferentes. Desde 400 a 600 reais para obter este visto e que depois através de um blog descobri que não seria necessário e muito mais barato.

São Paulo/ Paris umas 11 horas de vôo, espera no aeroporto em Paris por umas 5 horas e depois um vôo para o Cairo em torno de 4 horas.

Chegar no Cairo com um motorista te esperando é muito melhor se for a sua primeira vez ou mesmo em todas as vezes que você for para esta cidade. Pois mal você sai do aeroporto e já está sendo alvo de inúmeros taxistas e outros que tentam te vender qualquer coisa. Normal em qualquer outra cidade, porém como você mal entende os valores do câmbio é melhor procurar alguém para te buscar e depois se acostumar com a moeda.

Eu, sem pretensão e acredito que poucos me acompanhariam, gosto de fazer uma viagem muito próxima ao povo. Não faço mochilão pois não tenho mais idade para isto. Fico em hotéis de 3 a 5 estrelas dependendo da localização e valores claro. Sempre acompanhando as avaliações dos clientes que estiveram por lá, através de sites como booking.com e outros.

Quando falo que gosto de estar entre o povo é que eu não gosto muito de parecer turista quando viajo. Faço o básico nestes lugares e depois ando na rua como se eu fosse um morador local. E agora com a tecnologia Apple em seu Iphone eu fotografo o mapa e depois fico no celular procurando os lugares. Fora o próprio GPS do Iphone que te ajuda e muito.

Além é claro que você pode fotografar pessoas sem ser notado, diferente se caso tivesse com uma super power câmera na mão.

Chegando no Cairo e do aeroporto para o seu hotel você já percebe que está num outro mundo. Para nós que viemos de lugares certinhos, aonde tudo é regulamentado, esqueça isto no Egito. Falar do trânsito é repetir o que todos que estiveram por lá já falaram. O trânsito é um verdadeiro caos, aonde eles se entendem e muito bem.

Muitos carros velhos, batidos e todos buzinando e se encostando. Eu mesmo vi muitas batidas que as pessoas continuam como se nada tivesse acontecido. Taxistas na contra mão é um básico.

Começando dentro do carro que me leva para o hotel aonde eu não preciso usar cinto de segurança. Se você quiser, e se sentir melhor assim, pode usar. Eu optei em não usar e sentir a aventura de estar ali como eles. Depois o motorista me pede autorização para fumar no carro e me oferece um cigarro. Eu não aceito e ele insisti que eu devo fumar como todos naquele país. Recuso o cigarro mas não recuso a fumaça com ele fumando. Eu não seria o chato ocidental já preocupado com o meu pulmão. Eu já queria me enturmar com tudo que estava ali sendo me oferecido de alguma forma.

Chegando no meu hotel, tive a ótima surpresa que não tratava-se de um hotel em prédio comum e sim no segundo andar de um prédio comercial. Ao lado do meu hotel ficava a embaixada da Italia e mais uns 20 andares que deveriam ser escritórios. Isto me dava a impressão de não estar num hotel quando chegava no prédio e sim quase que em casa. Pois sempre ao entrar no prédio era cumprimentado em árabe pelo porteiro como se fosse um morador. Eu gosto disto.
Porém seguro, pois estava numa área diplomática com várias embaixadas próximas.
Na realidade não sei se tão seguro, pois eram embaixadas dos EUA, Inglaterra e outras, que não são tão bem vindas em países no Oriente Médio, a não ser Israel é claro.

No meio do caminho, quase umas 22h00 no horário deles, passamos por uma região bastante agitada com ruas comerciais cheias de pessoas caminhando nas calçadas e muito barulho com o trânsito . Claro que toda aquela agitação eu perguntei ao motorista como eu faria para chegar depois por ali e se ficava perto do hotel, pois já era um lugar que eu gostaria mesmo de voltar durante a noite. Naquela noite mesmo ou em outra durante os meus dias no Cairo. Não era nada de excepcional para os nossos moldes de ruas comerciais centrais, mas era no Cairo. E com certeza era sim algo muito diferente dos lugares que estamos acostumados por aqui.

Como dizia no site o meu apartamento no hotel teria uma sacada com vista para o rio Nilo. E realmente , mesmo durante a noite se via o brilho da lua sobre o Nilo. E mal desfiz parte das malas e já fui bater perna acompanhando a lateral do Rio Nilo.

Como sempre faço quando chego num lugar a noite, sei que se pego uma reta para ir será a mesma reta para voltar. E com isto sempre quebrando alguns caminhos para não entendiar com o mesmo sempre. Mas é impossível entendiar em algum lugar no Cairo ou mesmo no Egito.
O bairro que fiquei no Cairo chama-se Garden City, rodeado de grande hotéis como Four Seasons, Intercontinental ou mesmo Grand Nile Tower que era o antigo Grand Hyatt Cairo. Ou seja, era fácil ver de longe os prédios destes grandes hotéis, o qual eu sempre usava como referência para voltar para casa.
Esta região também era bastante segura por ter estes grandes hotéis de rede, porém em contra partida não se tinham muitos restaurantes próximas. A não ser na famosa praça Tahir, a praça da revolução Egípcia.

Falando um pouco da revolução egípcia no ano passado, eu assumo que foi uma das coisas que me levaram ao Egito este ano para conhecer. Eu acreditava que conhecer o Egito seria algo um pouco chato com muitos turistas. Porém não foi nada chato em nenhum momento e também infelizmente para eles, porém um pouco de sorte ou não para mim. Sorte para mim porque eu não tinha o problema em nenhum momento em ter que estar com turistas nos lugares mais populares e não tão bom para mim que se não tinham mais turistas sobrava apenas eu para que eles viesse oferecer tudo que podiam. Desde taxi, camelôs, lojas de tapetes, lojas de pergaminhos e outros.

Ter 1,90 de altura e com o crescer da barba parecer muito com eles, eu digo que me deu crédito para poder entrar e sair em lugares que eu não aconselharia para algumas pessoas. Não quero enaltecer algumas saidas, mas ajuda e muito olhar feio para outra pessoa desta forma. Eles são muito insistentes em suas vendas. Independente o horário e aonde você esteja. Desde as ruas e calçadas que acompanham o Nilo como em lugares turísticos como as pirâmides ou outros. Se percebem que você é turista, pode se preparar para eles se cansaram apenas no Décimo Quinta NÃO que você disser e ainda com um pouco de grosseria para convencer que realmente você não quer...

Infelizmente o Egito neste momento (março 2012) não está num momento bom. Não tem turista e pós revolução. Não se ve policia nas ruas o que não os protege de brigas nas ruas. Não que isso tenha me deixado em inseguro em algum momento. Talvez apenas num único momento que eu precisei correr me esconder para dentro de uma KFC. Mas foi rápido e acabou rapido como se nada tivesse acontecido.

As coisas são muito baratas para quem sai de países como o nosso. 100 dólares é equivalente a 600 pesos egípcios. E digo que se come muito bem com 100 pesos egípcios em bons lugares na cidade. Não se vendem bebida alcóolica nos restaurantes e nem em alguns grandes hotéis como é o caso do Grand Nile Tower (antigo Hyatt).

Nas ruas laterais ao Nilo são muito movimentadas e animadas durante a noite. Muita gente, muitos jovens andam para todos os lados. OU ficam nas pontes observando os pequenos barcos/baladas passarem para todos os lados, ou mesmo observam o trânsito e ficam lá comendo todos os tipos de sementes. Impressionante como eles comem sementes por esta região.

Os barquinhos baladas (na foto), são vários pelo Nilo. Eles colocam aparelhagem pesada de som e tocam musicas árabes para que os seus clientes dancem nos 30 minutos que passeiam pelo rio. São jovens e poucos turistas que entram nestes barcos e saem por 30 minutos para assistir ou mesmo dançar ao som de muita musica árabe. São inúmeros destes barcos no Nilo para todos os lados. E claro os barcos maiores que ficam nas encostas e não navegam mais. Ficam apenas como restaurantes.
A noite no Cairo é muito divertida. Muito alegre, e se ouve muita música misturada ao som das buzinas dos carros.

Depois de assistir um pouco da famosa cidade do Cairo voltei para o hotel quase ás 02h00 da madrugada , na mesma reta para dormir a aproveitar o meu primeiro dia na cidade.

domingo, 4 de março de 2012

voltando ao oriente...médio - egito 2012


Talvez escrever sobre a sua própria viagem de férias seja algo meio pretensioso... até porque não serão muitos que estarão interessados de ver suas fotos em frente determinados monumentos ou mesmo vestido de mickey na Disney, a não seus pais e familiares mesmo.


Porém resolvi escrever este blog sobre as minhas férias de 2012 devido a minha dificuldade em obter certas informações sobre os trechos que eu escohi para viajar neste ano. A idéia do blog nasceu pelas dificuldades em obter informações para o tipo de viagem que eu gosto de fazer.


Seria fácil e igual a zilhões de pessoas comprar um pacote com aéreo, hotel 5 estrelas e camelos a disposição. Mas para mim viajar de férias é realmente fazer uma viagem diferente e aonde eu possa ter boas lembranças por um ano entre uma viagem e outra.


Na realidade as minhas pesquisas pela região do oriente médio começaram ano passado (2011), aonde eu estive, na Syria, Libano, vindo da Turquia.

Na realidade em 2011 eu comecei a viagem na Europa na casa de amigos e depois fui para istambul na Turquia. E de lá somente viagem por terra. Sim, atravesse toda a Turquia, saindo de istambul, passando pela Capadoccia e depois atravessando por terra para a Syria.


Descobri na viagem do ano passado que eu simplesmente adoro atravesssar fronteiras por terra. Senti essa sensação de prazer desde uma outra viagem anos atrás entre Argentina e Chile pela Cordilheira dos Andes.


A sensação é única e acredito que existem várias outras pessoas na mesma situação.


Depois que entrei na Syria, fui a Damasco e depois novamente uma outra deliciosa fronteira entre Syria e Libano a caminho de Beirute. Tudo isso aconteceu em março de 2011, quando se dava inicio aos conflitos na Syria, por isto fui preso. Sim, mas preso para fora. Pois quando apenas passei por Damasco, que era uma sexta-feira, resolvi ir a Beirute pois tinha a noite dos finais de semana mais agitados e ficava apenas 2 horas de carro entre as duas capitais. Na sexta-feira do ano passado, sai de Damasco na sexta com a intenção de voltar no domingo para explorar mais a Syria (Damasco, Aleppo, Palmyra e outros). Porém ao tentar voltar fecharam as fronteiras com o Libano para estrangeiros e turistas. Apenas para moradores nos dois países.


A idéia inicial seria apenas 3 noites em Beirute, que se transformou em 8 noites.


Porém o meu primeiro pensamento foi conhecer então melhor o Libano, como as cidades de Balbeck ou Byblos que ficam próximas da Capital Beirute. Mas ao comentar com um libanês, o mesmo me disse que estavam sequestrando turistas nestas duas regiões. Eles estavam sequestrando turistas que eram de países que apoiavam as guerras na época da Líbia e dos conflitos da Syria. A primeira coisa que fiz foi perguntar no facebook para os amigos, se o brasil apoiava alguma coisa lá pela região. E para a minha tranquilidade o nosso país não apoiava ninguém naquela época....


A cidade de Beirute é linda, mesmo misturando um pouco de destruição com prédios ainda com marcas da última guerra mas também com os seus arranha-céus de grandes redes hoteleiras. Um povo muito agradável e muito bem receptivo. Aliás para nós brasileiros, é de impressionar como o Mundo nos reverencia de alguma forma.


Bom tudo isso foi no ano de 2011. E amanhã, dia 05 de março de 2012 estou embarcando novamente para aquele mágico local.


Claro que a grande maioria dos meus amigos tentaram de alguma forma me convencer de mudar de roteiro de férias... mas é só indo para lá e vivendo o tempo que eles tem para te oferecer que você pode entender a razão de eu usar as minhas férias, momentos de descanso para voltar em locais como estes que eu viajo amanhã.


Amanhã, embarco primeiramente para o Cairo, com parada em Paris por 5 horas para troca de avião. De Paris para o Cairo serão mais 5 horas.


Atenção para quem mora em São Paulo como eu. O Egito não tem consulado na nossa cidade, apenas em Brasilia e no Rio. Opção para o visto por correio Sedex que eu senti insegurança em mandar o passaporte por aqui. E cheio de alguns custos básicos, como o próprio visto ou mesmo taxa de correio de volta para você. A outra opção é despachante mas é absurdo os valores. Em alguns chega a quase 500 reais um visto para o Egito. Não precisa nada disto. Ele vendem um selo de visto no próprio aeroporto do Cairo. E com um custo baixo. Só não esqueça da vacina contra febre amarela, que é importante.


Obrigado por acompanhar a minha viagem e espero que seja importante para alguém que esteja com projeto de fazer uma viagem parecida.


04/03/2012...
(atenção; me perdoem pelos possíveis erros com nomes de lugares e cidades. Deixarei para corrigir quando voltar ao Brasil, devido a limitaçao de tela do computador e pesquisa. )